O Educativo Flip recebeu o público nesta quinta-feira, 10, para a primeira mesa com autores na Central Flipinha. Crianças, suas famílias e educadores reuniram-se no espaço na Praça da Matriz, em Paraty/RJ, para assistir à mesa ‘Leituras para as infâncias de dentro’, com os autores Tino Freitas e Luana Vignon e mediação de Max Medeiros e Karen Mainardes.
A conversa começou com uma provocação sobre quem ainda é criança, apesar da idade. Os autores convidaram as pessoas a refletir sobre a criança que nunca deixará de existir em cada um. “A história do livro veio de uma experiência adulta, mas a infância está junto com a gente o tempo todo. Posso dizer que tenho mais a criança do que o adulto em mim”, disse Tino Freitas.
O autor repetiu algumas vezes sobre a importância em criar pensamento crítico, para além de “apenas ler”. “O leitor vai pensar, abraçar a história e criar a sua própria literatura”, afirmou Tino.
Luana Vignon contou sobre sua trajetória, e endossou a fala de Tino sobre se questionar e ser parte da história. “Eu sempre duvidei muito de tudo. Perguntei muito sobre o porquê disso ou daquilo, mas nunca era suficiente o que as pessoas diziam. Eu costumo dizer que aprendi a ler de propósito para poder checar se o que estavam me contando era realmente o que estava escrito”.
A literatura é parte estendida. O primeiro leitor do livro para crianças é um adulto. Então é preciso mediar. Também a mesa contou com a fundamental participação dos mediadores. Era visível a recepção afetiva e inspiradora por parte do público durante toda a conversa. Ao final, os autores responderam às perguntas das crianças e adultos, e seguiram para autografar livros e tirar fotos com a plateia.
Obras em destaque na Curadoria Participativa 2024
Isso não é uma cenoura (Miolo Mole, 2021), de Luana Vignon, com ilustrações de Caco Galhardo.
Não sei desenhar camelos (Ciranda na Escola, 2023), de Tino Freitas.
Texto: Juliana Gola
Fotografia: Gabriel Tye