Batidas, métricas, rimas e a origem do hip-hop foram assuntos da oficina ‘No passinho da rima’, com a mc de freestyle, organizadora de batalhas de conhecimento, membra fundadora do coletivo de rua H2MRap e mediadora de leitura do Educativo Flip, Babi Pietra, na Casa Flipeira, espaço das ações permanentes da Flip em colaboração com a Secretaria de Educação de Paraty.
A dinâmica da oficina foi a seguinte: ao som do boom bap, um dos estilos de batidas do hip-hop, os participantes receberam a tarefa de pensar em palavras relacionadas aos temas criança, saúde e doença, e anotar em uma folha de papel. Em seguida, escolheram palavras que rimassem com os primeiros vocábulos escolhidos, para, por fim, criar as rimas.
Crianças rimaram. Adultos rimaram. E os mais tímidos também rimaram. Babi encorajou a todos. A mc também explicou o diferencia entre as ‘batalhas de conhecimento’ que promove das ‘batalhas de sangue’: “não há ataque verbal ao oponente”. E afirmou que o hip-hop é “uma mãe que acolheu as pessoas que não tinham onde colocar sua arte.” Isso inclui expressões como o grafite, a discotecagem (DJs e beatmakers), a dança de rua e o improviso.
A história do movimento hip-hop é associada à década de 1970 nos Estados Unidos, quando negros norte-americanos, jamaicanos e porto-riquenhos viveram uma intensa troca cultural no Bronx, em Nova York. Mas, Babi apontou a influência jamaicana nessa concepção, pois improvisar em cima de uma base era algo que eles já faziam desde os anos 50.
Texto e fotografia: Tayná Pádua