Uma mesa que explorará os pontos de contato entre o universo editorial e o audiovisual, destacando como livros e filmes compartilham estruturas semelhantes de produção, circulação e promoção. A conversa abordará temas como o papel estratégico de feiras literárias e festivais de cinema na projeção internacional das obras, a equivalência entre capas e cartazes, orelhas e assessorias de imprensa, e os desafios concretos relacionados à tiragem, ao número de cópias e ao alcance de público. Serão discutidas também estratégias de formação de público por meio de selos curatoriais, como fazem as editoras com linhas voltadas a determinados nichos, e como se destaca no cinema a Sessão Vitrine Petrobras, projeto que há 15 anos consolida um modelo inovador de distribuição coletiva, fidelização e descoberta de novos talentos. Um panorama sobre como esses dois setores se entrelaçam na construção de narrativas e na disputa por atenção em mercados cada vez mais competitivos.

Emilio Fraia
Emilio Fraia é escritor e editor. É autor de Sebastopol, finalista do Prêmio Jabuti, com traduções nos Estados Unidos, Inglaterra, Noruega e Suécia. Teve contos e textos publicados em revistas como The New Yorker e Paris Review, e foi um dos autores selecionados para a antologia dos melhores jovens escritores brasileiros da revista britânica Granta. Foi editor de literatura na Cosac Naify. Atualmente, é editor na Companhia das Letras.

Letícia Friedrich
Letícia Friedrich é produtora e distribuidora. Em sua atuação como produtora, produziu os premiados curtas Chão de Fábrica, de Nina Kopko, e Até a China, de Marão, além dos longas Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro, e Libelu – Abaixo a Ditadura, de Diógenes Muniz.
Como distribuidora, coordenou o lançamento de mais de 30 longas, entre eles Sem Coração, A Hora da Estrela (4K), Veríssimo e Histórias que o Nosso Cinema (não) Contava.

Mediação
Renata de Almeida é diretora da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, um dos mais importantes eventos cinematográficos da América Latina. Desde 1990, é responsável pela curadoria, programação e produção da Mostra. Formada em Rádio e Televisão pela FAAP, com especialização em cinema e documentário pela The New School, em Nova York, Renata também tem experiência em teatro, atuação e produção de elenco. Além de sua atuação como curadora, trabalhou como distribuidora — foi sócia das empresas Mais Filmes e Filmes da Mostra — e exibidora, como sócia do Circuito Cinearte, que operava mais de 50 salas de cinema no país. Como realizadora, co-dirigiu o curta Volte Sempre Abbas (Veneza, 1999), produziu Do Visível ao Invisível, de Manoel de Oliveira (abertura do Festival de Veneza, 2008), e foi co-produtora de O Estranho Caso de Angélica, também de Oliveira (abertura da seção Un Certain Regard, Cannes, 2010). Na televisão, apresentou, roteirizou e curou o programa da Mostra na TV Cultura (2010–2014). Entre os reconhecimentos por sua contribuição à cultura, recebeu o Prêmio Governador do Estado (2011), o Prêmio Especial da APCA (2012), e foi condecorada pelo governo francês com a insígnia de Chevalier de L’Ordre National du Mérite (2017).