No pacto civilizatório brasileiro, o bar é uma espécie de comuna espiritual, um enclave das mais fabulosas histórias e, em alguns casos, fonte de muitos escritores. Mas o que dá ao bar essa característica tão única e incomensurável? Seria o bar uma esponja que tudo absorve ou a boca que tudo come? O fato é que pelas mesas dos bares brasileiros passam histórias possíveis, necessárias, incríveis, então em um boteco literário nada mais justo que trazer três contadores de histórias para baterem um papo sobre suas narrativas em contos e crônicas.
Encruza, na cosmogonia afro-brasileira, se coloca como lugar da comunicação e das trocas. E entroncamento de caminhos. É isso que a Encruza Literária, da Oficina Raquel, propõe levar para o Boteco Damião, no coração do Centro Histórico de Paraty, um espaço onde saberes, pessoas e ideias se encontram.