[wpml_language_selector_widget]

Educativo Flip realiza formação em mediação de leitura com estudantes de Paraty

 

Estudantes do Magistério do CEMBRA, escola pública estadual localizada em Paraty/RJ, participaram no dia 12 de setembro de 2024 da formação em mediação de leitura na Casa Flipeira, encontro conduzido de maneira online por Denise Col, coordenadora pedagógica do Educativo Flip, e de maneira presencial por Day Silva, coordenadora da Casa Flipeira.

 

Denise convidou o grupo a aprofundar os estudos do ‘Percurso Formativo Sementes’ e moveu o diálogo a respeito dos conceitos de cartografia, cardiografia e inventografia. “Nós queremos estar juntos para estimular todas as perspectivas de mediação. Os mediadores devem usar os próprios recursos e pensar em como usar esses recursos”, argumentou Denise. “Mediar é uma viagem de aventura. Quanto mais encontros movermos, melhor fica a viagem da leitura”, pontuou.

 

Para ilustrar na prática o trabalho das ‘Sementes’ – nome adotado como referência para a equipe de mediação de leitura que atua nas ações do Educativo Flip – Day Silva compartilhou a mediação de leitura do livro “Da minha Janela” (Companhia das Letrinhas), de Otávio Júnior, com ilustrações de Vanina Starkoff. Vencedor do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Infantil, a obra é um convite ao leitor para observar o mundo e tem destaque na Curadoria Participativa do Programa Educativo Flip 2024.

 

Day ressaltou a importância da intenção de mobilizar a escrita e a leitura como lugar de fala e lugar de luta. “A ideia é discutir lutas das comunidades tradicionais, incluindo protagonismos dos povos caiçara, indígena e quilombola. Paraty é território que está em disputa, pela terra, pelas existências”, declarou Day.

 

Literatura

 

A formação convidou participantes à leitura de trechos das obras “Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano” (Cobogó), de Grada Kilomba, e “Oré Awé Roirua Ma – Todas as vezes que dissemos adeus” (Triom), de Kaka Werá Jecupé.

 

O que é leitura para a autora e o autor? A pergunta foi o ponto de partida para os encontros no diálogo entre jovens professores em formação. “Ambos estão nos contando o que significa lidar com a linguagem”, disse Denise Col.

 

Para a estudante Kauana Miranda, os textos propostos são essenciais para a reflexão a respeito das mediações de leitura. “Se trouxermos para a nossa realidade, podemos falar sobre a falta de voz dos povos de Paraty”, pontuou Kauana.

 

A estudante Sophia dos Santos de Castro, mediadora ‘Semente’, ecoou as falas de Grada Kilomba. “Eu sou quem escreve a minha história, conhecendo quem veio antes de mim”.

 

Para concluir o comentário sobre a experiência do encontro, a estudante Julia Andrade destacou a importância da leitura no cotidiano. “Todo mundo tem direito a ler e escrever”, sentenciou Julia.

 

Celebrando a colaboração do Educativo Flip com escolas públicas de Paraty, a professora Gabriela Gibrail acompanhou seus estudantes do curso de formação de professores do CEMBRA e participou das propostas do encontro. “Acho fundamental oportunizarmos essa formação em mediação de leitura porque os jovens devem ocupar todos os espaços, especialmente os espaços de cultura, e poder fazer o intercâmbio com a Casa Flipeira é uma oportunidade de ampliar de maneira inventiva o nosso conhecimento”, pontuou Gabriela.

 

Texto e fotografia: Débora Nobre Monteiro

 

 

Compartilhe esta notícia: