Como evolução natural da Biblioteca Comunitária Casa Azul, inaugurada em 2005 como polo difusor e catalisador de cultura e conhecimento, valorizando a identidade local, inauguramos, em 2024, um espaço multidisciplinar: a Casa Flipeira.

Funcionando como um espaço de acolhimento à população local, a Casa Flipeira abriga formações para educadores, além de programação artística e cultural realizada pelo Educativo Flip ao longo do ano. No espaço está também um acervo diverso de livros com foco em literatura produzida para crianças e jovens, disponível para leitura no local e oferta de mediação de leitura.

A Casa Flipeira também dá continuidade para a gestão das doações de livros realizadas pelo Educativo Flip, que por meio da parceria com as editoras participantes da Festa Literária, já entregou mais de 60 mil livros para a população de Paraty. Até 2023, mais de 80 instituições receberam as doações.

É por meio do convívio que acontece a promoção do acolhimento das múltiplas leituras presentes nos territórios, promovendo trocas e experiências que fortaleçam identidades, o pertencimento comunitário e a irradiação de diversos valores de cidadania cultural. O compromisso do Educativo Flip é com a formação de leitores críticos e reflexivos e com o fortalecimento da compreensão e do aprimoramento da escrita na sua função social.

Criada em 2013, a Operação Flipinha tem como propósito levar a literatura a lugares onde o acesso a livros, autores e experiências culturais ainda é limitado. Mais do que uma atividade pontual, trata-se de um gesto de descentralização, escuta e valorização dos territórios.

Realizada nos meses que antecedem a Festa Literária Internacional de Paraty, a Operação Flipinha visita escolas públicas da cidade — incluindo aquelas localizadas em regiões rurais e costeiras, de difícil acesso. A proposta é criar um espaço de aproximação entre estudantes, educadores e autores convidados da Flipinha, promovendo o encontro direto com quem escreve e ilustra os livros que compõem a curadoria do ano.

Em 2025, a ação acontecerá em quatro escolas da rede municipal, selecionadas em diálogo com a Secretaria Municipal de Educação, por meio do Núcleo de Literatura e Arte. Durante cada visita, autores e ilustradores indicados pela curadoria — e que também participarão da programação da Flipinha — realizam encontros literários, rodas de conversa e atividades formativas com os educadores e estudantes, aproximando os participantes da vida e da obra desses criadores.

Além disso, a ação contempla a doação de livros, reforçando o acervo das escolas visitadas e fortalecendo o vínculo entre a comunidade escolar e a literatura.

A expectativa para 2025 é atender diretamente cerca de 400 pessoas — entre estudantes, educadores e funcionários da rede pública. A ação se sustenta por meio de parcerias sólidas com a Prefeitura de Paraty e reafirma o compromisso da Flip com a educação, a literatura e o território.

A Operação Flipinha é, antes de tudo, um movimento: de livros, de pessoas, de ideias. Um convite para que a Festa chegue onde, muitas vezes, as festas não chegam. E para que o livro se revele como aquilo que ele sempre foi — uma porta aberta para o mundo.

O projeto trabalha a literatura a partir de atividades voltadas para as comunidades costeiras do município, com atenção especial às crianças e jovens. A Flipinha do Mar busca integrar a literatura ao cotidiano dessas comunidades promovendo residências literárias, nas quais escritores, ilustradores e profissionais relacionados ao universo da leitura, se instalam localmente e promovem oficinas, mediações de leitura, doações de livros e outras atividades culturais.

A iniciativa também gera produtos como livros inspirados na imersão e obras audiovisuais que documentam essa experiência. Além disso, conta com parcerias que viabilizam publicações, enriquecem a programação com palestras e vivências e ampliam sua divulgação. Os principais objetivos são:

• Disponibilizar e dinamizar acervos literários em comunidades costeiras;
• Oferecer atividades artísticas e educativas e mediações literárias à comunidade;
• Propiciar o contato direto de moradores da Zona Costeira de Paraty com autores e com
  leitura e escrita de qualidade promovendo cooperação na construção de obras literárias;
• Promover a cultura oceânica entre educadores e estudantes paratienses e público da Flip.

O papel dos divulgadores científicos nunca foi tão essencial. Eles transformam conhecimento complexo em informações acessíveis, despertando a curiosidade e promovendo uma sociedade mais consciente e informada. Em 2025, o Educativo Flip e a Casa da Cultura de Paraty se unem para fortalecer essa missão, ampliando o alcance da ciência dentro do território de Paraty e na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty.

Este ano, nosso tema disparador é “Planeta Vivo”, uma provocação para refletirmos sobre os desafios ambientais e o papel da ciência na construção de um futuro sustentável. A escolha desse tema se torna ainda mais relevante diante da COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) e do compromisso global com a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), promovida pela UNESCO.

Com isso, o projeto Ciência Mesmo faz ainda mais sentido, como meio de fomentar o debate sobre ciência e sustentabilidade, criando experiências impactantes para públicos de todas as idades e ajudando na mobilização da comunidade.

Ciência Mesmo busca contribuir para a divulgação científica, democratizando o acesso ao conhecimento por meio de encontros e rodas de conversa com cientistas que também são autores literários e divulgadores da ciência. Na Flip, eles protagonizarão conversas com educadores, estudantes da rede pública de ensino, moradores de Paraty e o público geral. De forma atrativa, inclusiva e estimulante, as ações do projeto proporcionam vivências que despertam o interesse pela ciência. Além de aproximar cientistas do público, a iniciativa reforça a importância da divulgação científica como ferramenta para tornar o conhecimento acessível e relevante para a sociedade.

Estão previstos três encontros com estudantes, educadores e a comunidade, além de uma roda de conversa realizada durante a programação da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty, que acontecerá entre 30 de julho e 3 de agosto de 2025.

As oficinas livres da Flipinha acontecem ao longo de todo o ano e incluem desde contação de histórias e escrita criativa até artes visuais, teatro, jornalismo e audiovisual; todas projetadas para estimular a imaginação e a criticidade dos participantes.

Espaços de experimentação, criação e escuta, as oficinas educativas ampliam o alcance da literatura. Na Flip, elas ocupam um papel essencial ao convidar crianças e jovens a se expressarem por meio da escrita, do teatro, das artes visuais, do audiovisual e da oralidade — promovendo o encontro entre linguagem e território, entre imaginação e pertencimento.

Mais do que atividades complementares, as oficinas são dispositivos pedagógicos que despertam a curiosidade, fortalecem vínculos com o livro e estimulam o pensamento crítico. Ao valorizar a prática, o fazer coletivo e a construção de narrativas próprias, elas transformam a literatura em experiência viva — sensível, compartilhada e transformadora.

Como forma de preparar e dar apoio aos educadores de Paraty, o Educativo Flip produziu um e-book, acompanhado de uma publicação impressa, que reúne orientações pedagógicas para o uso de acervos literários em escolas.

O objetivo é recomendar livros, separados por temas e idade, com sugestões de atividades práticas para mediação de leitura. Todo o material fica disponível online para consulta pública.

Com mais de 150 exemplares, os Módulos Biblioteca são um programa de distribuição e gestão do
acervo de livros, que são organizados para chegar a locais onde não há bibliotecas.
 
O Educativo Flip disponibiliza os livros para utilização e mantém uma parceria cooperativa a fim de zelar pela conservação do acervo e fazer a troca ou recuperação em caso de danos.

O projeto realiza a doação de livros para bibliotecas e espaços de leitura já existentes em Paraty. Em 2019, foram contabilizados mais de 40 mil livros distribuídos pela Biblioteca Comunitária Casa Azul para a população de Paraty, beneficiando mais de 80 instituições.

A FlipZona é a plataforma jovem da Flip, criada para mostrar que literatura, juventude e novas mídias podem – e devem – caminhar juntas. Em 2025, três projetos ganham destaque por aprofundarem o compromisso da FlipZona com a formação crítica, a expressão criativa e o protagonismo das juventudes de Paraty: o LAB, a Agência Jovem de Notícias e o FlipZona na Escola.

O LAB é uma oficina intensiva de criação audiovisual voltada para jovens de 14 a 24 anos. Durante quatro encontros, os participantes experimentam todas as etapas da produção de um curta-metragem: do roteiro à edição. Os temas partem sempre da literatura e do autor homenageado da Flip, além de elementos da cultura local. O objetivo é que os jovens desenvolvam uma visão crítica sobre o audiovisual e se apropriem das ferramentas tecnológicas como meios de leitura, expressão e transformação do mundo.

A FlipZona é o braço jovem da Flip, um espaço onde literatura, juventude e tecnologia se encontram e se fortalecem. Em 2025, três iniciativas ganham destaque por reforçarem o compromisso com a educação crítica, a criação colaborativa e o protagonismo das juventudes de Paraty: o LAB – Laboratório Criativo Audiovisual, a Agência Jovem de Notícias e o projeto FlipZona na Escola.

A Agência Jovem é um projeto que convida os jovens a ocuparem o papel de comunicadores de sua própria cidade. Por meio de formações em jornalismo comunitário, produção de conteúdo e mídias digitais, o projeto promove a criação de uma rede colaborativa de informação e cultura jovem. A proposta é que os participantes desenvolvam habilidades em diversas linguagens – como texto, vídeo, fotografia, podcast e HQs – e passem a produzir conteúdos autorais sobre o cotidiano, a literatura e os temas que atravessam a juventude paratiense.

Na FlipZona, a literatura conversa com a juventude no ritmo das novas mídias. Criada para aproximar os jovens do universo literário de forma criativa e conectada, a plataforma aposta em três projetos que, em 2025, ganham força e visibilidade: o LAB, a Agência Jovem e o FlipZona na Escola — todos voltados a valorizar o olhar jovem e suas múltiplas formas de se expressar.

O FlipZona na Escola leva as ações da FlipZona diretamente para as salas de aula do Ensino Fundamental II das escolas públicas de Paraty. Jovens que integram a plataforma conduzem oficinas e atividades usando mídias digitais, conectando os estudantes ao universo literário por meio de ferramentas que fazem parte do seu dia a dia. A ação valoriza a troca entre pares, a educação entre jovens e a potência da linguagem multimídia como ponte para a leitura, a criatividade e a cidadania.