O Educativo Flip celebra a abertura da Casa Flipeira em Paraty, no bairro da Ilha das Cobras, e convida a todas, todos e todes para conhecer o espaço cultural e participar da programação gratuita. Localizada na Avenida José do Patrocínio, n° 93, quase em frente à Praça da Paz, a Casa Flipeira funciona desde 22 de maio com recepção a estudantes das escolas públicas e particulares do município e está aberta ao público em geral para oficinas de leitura e escrita, mediação de leitura, contação de histórias e consulta de livros da curadoria participativa da Flipinha e da FlipZona.
O horário de funcionamento para o público em geral é de quarta a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 14h. Toda terça-feira há a ação Escola na Casa, das 9h às 17h, e é possível realizar o agendamento prévio para participar das atividades entrando em contato pelo e-mail gilmara.rocha@flip.org.br.
É por meio do convívio que o Educativo Flip busca incentivar o acolhimento das múltiplas leituras presentes nos territórios, promovendo trocas e experiências que fortaleçam as identidades, o pertencimento comunitário e a irradiação de valores diversos de cidadania cultural. Temos compromisso com a formação de leitores críticos e reflexivos e com o fortalecimento da compreensão e do aprimoramento da escrita na sua função social.
Profundamente conectada às questões do território, a Casa Flipeira oportuniza interações multidisciplinares, multimídia e multigeracional mantendo como estrutura viva e dinâmica a função pública de um espaço de encontro. A iniciativa é resultado da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e o Educativo Flip, conforme o Termo de Colaboração n° 002/2023 – Processo n° 24.377/2023 firmado pela Prefeitura Municipal de Paraty e pela Associação Casa Azul em 22 de novembro de 2023.
Cerimônia de boas-vindas
Na abertura oficial da Casa Flipeira, preparamos um dia festivo e tivemos vários momentos emocionantes, como no encontro da autora Simone Mota com o 3°ano da Escola Municipal Casa da Criança (Rodoviária).
Acompanhados das professoras, estudantes ouviram Simone contar as histórias que inspiram seus livros e narraram suas impressões das leituras de “Que cabelo é esse, Bela?” e “Frederico, Frederico…” (ambos da Editora do Brasil).
Simone trouxe a reflexão do quanto ler é dar destaque ao pensamento do outro. “Uma preocupação que sempre temos enquanto mediadores é o que estamos construindo. Porém, às vezes é mais importante desconstruir. E esse percurso de desconstrução tem muito mais a ver com o mediador do que com quem está acompanhando a mediação”, ensinou Simone.
Para Belita Cermelli, Diretora de Cultura e Educação da Flip, a mediação permite justamente conhecermos diferentes olhares e ampliarmos nossas perspectivas a respeito da vida e do mundo. “Na mediação de leitura, por exemplo, caminhamos pelo universo de infinitas possibilidades, como se existissem diversas bifurcações. Mediar passa pela possibilidade de múltiplas experiências”.
Na cerimônia de boas-vindas do evento de abertura da Casa Flipeira, com a presença de Luciano Vidal, Prefeito de Paraty; Ruth Yamada, representando Alza Gama, Secretária de Educação de Paraty; demais autoridades e casa cheia, Belita agradeceu e reforçou o compromisso da Casa Flipeira com moradoras e moradores de Paraty. “Nós temos como propósito ser espaço de encontro, estando no cotidiano das pessoas que habitam o território”.
O trabalho de curadoria das “Sementes”, como chamamos a equipe responsável pela coordenação e condução das ações do Educativo Flip, Foi pensado para preparar o espaço com cuidado e muito carinho. “Trazemos na curadoria as marcas da Flipinha e da FlipZona”, concluiu Belita.
As editoras que enviam livros na Chamada Aberta do Educativo Flip e colaboram com os projetos são parte dessa realização. Para a abertura da Casa Flipeira tivemos ainda como parceira “Águas de Paraty” com apoio de bebedouros.
Na fala de Mauro Munhoz, Diretor Artístico da Flip, foi lembrada a atuação do Educativo Flip como mediador entre leitores e o programa principal da Festa Literária Internacional de Paraty e os leitores. “Refletimos sobre as questões referentes a quem mora no território e quem passa por aqui. A Flip celebra o trabalho do Educativo Flip e reflete sobre a singularidade da Festa em relação ao Patrimônio Imaterial”, pontuou Mauro, que celebra a Casa Flipeira como caminho para que conversas aconteçam no movimento permanente da Flip em Paraty.
Casa Flipeira – Horário de Funcionamento
Terça-feira, das 9h às 17h (Escola na Casa)
Quarta a sexta-feira, das 10h às 18h
Sábado, das 10h às 14h
Endereço:
Av. José do Patrocínio, 93, Ilha das Cobras (na rua de acesso ao Cais de Pesca)
Texto: Débora Nobre Monteiro