Marion Aubert nasceu na França, em 1977. É autora de mais vinte peças de teatro, dentre as quais Les histrions; Orgueil, poursuite et décapitation; Tumultes, além de Homens que caem (Cobogó, 2019). Em 2013, ganhou o Prêmio Novo Talento pela Societé des Auteurs et Compositeurs Dramatiques. Seu tom mordaz, seu gosto por afrescos compostos por vários personagens e sua escrita tragicômica, ao mesmo tempo lírica e burlesca, fazem dela uma das autoras mais surpreendentes de sua geração.
Em Homens que caem, única obra traduzida no Brasil, Cédric, Julien e sua equipe decidem montar, em 2016, um espetáculo a partir do romance Nossa Senhora das Flores, obra-prima de Jean Genet. Em seu isolamento dentro de uma cela de cadeia no início da década de 1940, o autor fala diretamente com os atores que decidiram levar o texto ao palco tantos anos depois. Estabelece-se um intenso jogo ficcional, em que os integrantes de uma companhia de teatro contemporâneo vivem na carne as angústias, os desejos e a marginalização de uma sexualidade que Genet soube explorar como ninguém.