Marcial Gala nasceu em Havana, Cuba, em 1965. É romancista, poeta e arquiteto, vive entre Buenos Aires e Cienfuegos. Ao longo da carreira, publicou, dentre outros, Sentada en su verde limón (2004), Rocanrol (2006), La catedral de los negros (2012), e recebeu prêmios como Pinos Nuevos de Contos, Alejo Carpentier de Romances e o Prêmio da Crítica para os melhores livros publicados em Cuba em 2012. Por Me chama de Cassandra (Biblioteca Azul, 2023), recebeu o Prêmio Ñ, em 2018.
O romance, o primeiro traduzido para o português brasileiro, narra a história de Raul, um ávido leitor de literatura clássica de dez anos de idade. Nascido biologicamente como homem, não se identifica desta forma e sabe que é uma mulher no corpo errado. Além disso, como a mitológica Cassandra, princesa de Troia e sacerdotisa de Apolo, Raul é capaz de prever o futuro, mas não encontra quem lhe ouça. Sabe sobre a sua morte aos dezoito anos na guerra em Angola, ferido pelo ódio, assim como prevê de que maneira cada um de seus familiares e companheiros irá morrer. Entre o campo de batalha angolano e a pobre cidade cubana de Cienfuegos, entre as margens da antiga Troia e o mundo do século 20, Me chama de Cassandra narra a busca por uma identidade em um ambiente hostil, as batalhas, o preconceito e o drama de uma família pobre em meio ao colapso dos sonhos utópicos.
#QuemTraduziu: Pacelli Dias Alves de Sousa