Participação: Agenor Gomes, Luciana Martins Diogo
Mediação: Natércia Moraes Garrido
Maria Firmina, filha de escrava alforriada, rompendo limites então impostos pela sociedade às mulheres, expôs, com sua primeira produção literária, a crueldade do sistema escravista, quase 30 anos antes da Abolição. Na atualidade, a publicação de cerca de 60 teses e dissertações sobre sua vida e obra, além de diversas reedições de seu romance Ursula, contos e poemas, comprovam que a romancista pioneira construiu uma obra que ainda hoje nos leva a refletir sobre escravidão e liberdade, e que só na luta contínua pela liberdade é possível ampliar os espaços de cidadania conquistados pelos descendentes das muitas Áfricas, cujos antepassados, durante três séculos, desembarcaram a ferros nas costas brasileiras.
Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil contém documentação inédita sobre Maria Firmina dos Reis, além da árvore genealógica da família da romancista, desde sua avó Engrácia Romana da Paixão, africana escravizada e depois alforriada, até ramificações da quinta geração familiar, incluindo inventários, procurações, batismos, óbitos e outros.