O uso de registros íntimos, mesmo que cotidianos, podem constituir uma obra literária. A autorreferência da mulher nos diários, memórias, autobiografias e na autoficção ganha mais espaço no cenário editorial do Brasil e do mundo. A consagração de Annie Ernaux com o Nobel de Literatura trouxe-nos a autossociobiografia como possibilidade de aposta. Sua nobelização mostra que a escrita de si não é menos nobre que a ficção. A memória, uma ficcionista, atua como ferramenta. O ato confessional ganha o palco e faz da realidade a narrativa a ser trabalhada. As participantes desenvolverão escritos com atividade guiada.
Dani Costa Russo é jornalista e escritora. Fundadora, curadora e editora do selo Auroras (@seloauroras), da Penalux, voltado à publicação de obras escritas por mulheres. Autora do romance “Beijos no chão” e “Cama rainha”. Ministra aulas de escrita e edição de livros; auxilia escritoras com mentoria. Faz parte da equipe LabPub EAD, escola voltada a profissionais do mercado editorial. Cofundadora da experiência A Escritora.