Ana Martins Marques é poeta desde muito cedo, boa parte desse tempo em silêncio. Até que um dia seus versos foram parar em livro e revelou-se aos leitores um mundo simples e profundo, que não por um acaso apresentou-se, em 2009, pelo título A vida submarina. Em 2013, quando ao lado de Bruna Beber e Alice Sant’Anna compôs a mesa de abertura da Flip, Ana Martins já era voz reconhecida do público e da crítica, vencedora do prêmio da Biblioteca Nacional por Da arte das armadilhas, de 2011.
À 19a edição da Festa, a poeta traz consigo os escritos que publicou pelo caminho. Obras como O livro das semelhanças, de 2015; o recente Risque esta palavra, de 2021; a troca de correspondências com o também poeta Eduardo Jorge, de quem alugou um apartamento em Belo Horizonte, em Como se fosse a casa, de 2017; e o singelo Livro dos jardins, obra de pequena tiragem que reúne 21 poemas divididos entre homenagens a flores e a escritores que, como ela, tem nas plantas inspiração para seus universos poéticos.