Adriana Lisboa é alguém que tem nas palavras tudo de que precisa para transitar entre gêneros e assuntos. Aos 51 anos, são seis romances, cinco livros de poesia, outros cinco livros infantojuvenis e mais duas coletâneas de contos publicados. Histórias, como Todos os santos, de 2019, que dão a volta na Terra.
Em Hanói, de 2013, são filhos de imigrantes tentando sobreviver nos Estados Unidos que conduzem a autora em uma meditação a respeito do encontro de culturas e da miscigenação.
Na 19a Flip, Adriana apresenta O vivo, que marca não apenas seu retorno aos versos, mas também a sua própria virada vegetal. Nas palavras da poeta Claudia Roquette-Pinto, no prefácio de O vivo, são “os reinos animal (répteis, vagalumes, aves, moscas, rãs, porcos, abelhas), vegetal (belas emílias, cravos, rosas, magnólias, amarantos) e mineral (basalto sanguíneo) [que] se tornam o motivo e os interlocutores” da escritora.